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Uma das vertentes do ofício de tradução que eu realmente admiro é a interpretação simultânea, aquela que o intérprete vai ouvindo e traduzindo ao mesmo tempo. Tipo aquele pessoal do Oscar, mas sem fazer a gracinha do: "....e agora, o apresentador contou uma piada sobre o governo americano e toda a plateia riu." Ah, conta para mim também, pôxa...

Acho o trabalho de interpretação fascinante. Salvo conversas informais com amigos estrangeiros, nunca me aventurei nessa área. E depois de uma das últimas convenções da ONU, até fiquei com medo dos efeitos colaterais de um palestrante bizarro, ditador e com verborragia.

Obviamente, as Nações Unidas contam com uma grande equipe de tradutores e intépretes, e sem eles nenhuma negociação diplomática avançaria um milímetro sequer. Mas imaginem como deve ficar a cabecinha dos profissionais depois de uma assembleia geral - e digo não só pelo denso conteúdo das discussões, mas da miscelânea sociocultural, geopolítica, linguistico-comportamental etc e tal entre os digníssimos chefes de nações.

Imaginem o intérpete do Lula. Imaginem o jogo de cintura idiomático que o indivíduo deve ter quando nosso presidente diz que "Qualquer analfabeto pode plantar um pé de petróleo".
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